tua flecha
me lambe a face
me fere no poema
que sangro em letras
e doces lágrimas
tua flecha
num arco-íris
além dos olhos
buscando um alvo
e um róseo em minha pele
passeia meu corpo
transpassa minha carne
tua flecha envenenada
acerta meus ossos
e este músculo pulsante
tua flecha
me entrega belo à morte
e a toda sorte de ressurgir
em outros poemas
em outras palavras
após um ponto final.
Nenhum comentário:
Postar um comentário